Literatura contemporânea ao mais alto nível, sobre a pandemia Covid19 que estamos a viver. Falarei resumidamente dos dois primeiros capítulos e no fim faço uma pequena crítica de tudo isto.


Quando falamos de ciência não podemos esquecer o que está retratado na física quântica: o principio da incerteza, ela comete erros, muitos, mas é assim que evolui. 
Lévy não nega o vírus, mas sim o descalabro que ele provocou noutros sectores da sociedade, no entanto devemos até respeitar o seu surgimento para não sermos um Giono que felicitava a entrada das tropas alemãs a 14 de Junho de 1940. 

A vitalidade que o vírus nos impregnou é antropomórfica, agora os vírus também pensam, sentem e vivem, o rei de todos os vírus tornou-se um cavalo de Tróia dentro das nossas mentes, vitória aos gregos!

Critica de forma sábia a divindade que foi associada aos profissionais de saúde, não lhes retirando o mérito, mas que passaram a ser exclusividade das notícias 24 sobre 24 horas, proclamando o número de mortes recuperados e quiçá de ressuscitados.

O fascínio de respirar o ar puro, ver o pardalito raro a sobrevoar as nossas varandas, aclamando uma mensagem quase divina de mudança iminente do nosso comportamento colectivo quando tudo isso (em fase de quarentena) deveria ser quase um dever de cidadania moralmente retratada no quotidiano.

Que dite a lei da pandemia, perdão, de epidemia -"sobre o povo" de epidemos, na epidemia de liberdade visto em Hussardo no Telhado, de Gions!

Agora os vírus também falam, tornaram-se seres sencientes. Aviso! Ultimato! A Gaia casa avisa-nos que teremos que ouvir o servilismo e procurarmos obedecer por um mundo melhor, dito isto dos humildes perdigotos que expulsamos de nós, moveram-se para a suspensão da economia mundial.

Também tivemos alguns líderes que aproveitaram a onda para matar mais uns quantos, ou expulsar demónios onde não seja respeitado o distanciamento social/ confinamento. Outros que sugeriam álcool gel para a veia, alguns lá do Hezbollah até fizeram as pazes, ou foi só durante o confinamento?! Viva a liberdade! Ou não.

Até aqui tentei traduzir pelas minhas palavras as palavras que o autor expressava, o resto da leitura é convosco, e que digo que vale realmente a pena sob todos o ângulos. Atenção, que para além dos vírus ainda existe vida, a este exemplo serve a união que existiu entre várias pessoas, tanto nas emoções para com os outros pessoalmente (quando possível) ou via skype.

O foco principal pensado por este filósofo foi sem dúvida o medo desenfreado da massa crítica, implementado sabe-se lá por quem (fora com as teorias da conspiração, não as vemos no livro e acho bem) numa tentativa sabe-se lá porquê.

Um tema actual que não foi pensado de maneira racional por todos nós, e se o foi poucos se abriram para o efeito. Alguns pontos que podem servir para análise reflexiva: Aquecimento Global (viva o consumo e a produção de máscaras); Economia (protegemos as pessoas, principalmente os doentes e idosos do vírus sim, mas não protegemos os desempregados); Saúde Mental (o alarmismo desenfreado principalmente pelos media levou a milhares se não milhões na toma desconcertante de antidepressivos e pílulas dorminhocas, onde está então a racionalidade? Tirando algumas entidades que spamaram pdf´s e ebooks nos cuidados a ter) Protegemos todos mas não protegemos ninguém, vai tudo ficar bem! Como dizia o outro lá na quinta dos porcos, somos todos iguais, mas (e que grande mas), há uns mais iguais do que outros.

Entre muitos autores alguns merecem a sua pesquisa: Etienne de La Boétie; René Girard; Didier Raoult; Henri Sellier; Georges Canguilhem; Jacques Lacan e Bruno Latour.

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